sexta-feira, 2 de fevereiro de 2018

Ritual Tântrico de Isis




               


                                O TANTRA DE ISIS



                                    Essência do verdadeiro Amor





        

 

  

Nota: ao se realizar o Ritual Tântrico de Isis, nem sempre os dois consortes se encontram no mesmo estágio evolutivo, e isso pode ocasionar contrariedade por parte de um dos parceiros. Diante disso, da incapacidade por parte de um dos parceiros de compreender o valor desse ato de Amor e alquimia espiritual, recomenda-se que apenas um dos consortes execute os passos do Tantra de Isis, permitindo ao outro que participe do ato livremente, de acordo com suas crenças e capacidades sensíveis. A escolha individual que parte de apenas um dos consortes não invalida o Ritual, desde que o ato amoroso seja realizado também com o espírito do parceiro, que será invocado silenciosamente para estar consciente nas dimensões superiores de existência.
O Tantra de Isis é um ritual de partilha amorosa, e recomenda-se que os parceiros obtenham um grau elevado de interação mútua para que se alcance os melhores resultados. A base de todo relacionamento amoroso é a partilha emocional, a entrega e a confiança entre os parceiros, e isso deve ser almejado durante o ritual, para que seja conquistado. Com o tempo de prática, a Maestria amorosa será revelada, tendo o princípio feminino representado pela figura da Deusa Terrestre como a grande guia para entrada nesse Universo.
Esse Ritual foi concebido como uma série de canalizações da Deusa Isis, e das minhas próprias experiências de vidas passadas, no Egito antigo, onde vivi como sacerdote ou sacerdotisa, por 44 encarnações.


        


        


Nas nascentes do Nilo, no alto Egito, um Ritual secreto acontecia a cada primavera. Nesse Ritual, as águas do Nilo eram purificadas pelos sacerdotes e sacerdotisas do culto de Isis e Osiris, a fim de serem preparadas para a união sagrada dos consortes divinos, que representavam respectivamente a essência do princípio feminino e do princípio masculino, forças geradoras da vida no Universo.
       

Um festival acontecia nas piscinas de um templo próximo das nascentes, dedicado a Isis. A Deusa da fertilidade e da sexualidade (Isis) era celebrada com um Ritual tântrico egípcio, em que casais de amantes praticavam a união carnal em honra ao casal de Deuses, e uniam seus Eus dimensionais (Eu superior, Eu básico e Eu inferior) desde a dimensão física até a perfeição do Universo. Para os egípcios, assim como para as correntes esotéricas modernas, a alma era dividida em partes, com níveis de consciência diferenciados, e tinha origem divina, no Mundo Celestial. O corpo era enxergado como uma das partes da alma, pois continha o segredo da consciência de estar na Terra com gratidão e dignidade. Para os egípcios, o corpo não era uma cela da qual a alma deveria se libertar para atingir a união com Deus, mas ao contrário, era parte de uma força essencial que provinha das dimensões superiores, e se comunicava com essa força, podendo integrá-la no mundo físico. O tantra de Isis era uma forma mágica de resgatar essa integração, através da união amorosa com o sexo oposto.

        




      
        

No Ritual tântrico de Isis, a alma era concebida como uma essência naturalmente pura e sagrada, e a união de almas como uma oportunidade de enxergar a beleza que existe em todas as coisas, através da beleza que existe no outro.
As águas do Nilo eram semeadas com o humor sexual dos amantes, e isso era considerado o ponto alto do Ritual, pois todo Egito seria abençoado com a prosperidade de Isis e Osiris, por intermédio dos casais que se amavam e se uniam em corpo e espírito à perfeição do Universo.
Desse ritual coletivo e secreto, derivou a comunhão íntima entre casais que era ensinada pelas sacerdotisas deste templo. Os alunos eram aceitos apenas sob entrevista ou indicação de outros sacerdotes, geralmente provenientes das castas aristocráticas, pois o tantra era um Ritual de magia sexual, mantido em segredo e sob controle da casta sacerdotal.
O Tantra de Isis difere das demais correntes esotéricas Tântricas em muitos aspectos: o primeiro deles é que não há exercícios para atingir os níveis de maestria, ou seja, não há uma técnica a ser empregada para subida da energia Kundalini. A segunda diferença importante é que para os Mestres do Tantra Egípcio, (e consequentemente para todo pensamento esotérico) a Kundalini é um nível de consciência, a ser acessado pelas almas que se reconhecem sagradas durante o ritual. A terceira grande diferença é que para o Tantra Egípcio, o orgasmo é sagrado, e é um dos estágios de comunhão entre os consortes, sendo também parte da comunhão entre o sagrado feminino e o sagrado masculino, que ocorre no coração de cada um dos amantes.
        


       PASSOS DO RITUAL TÂNTRICO DE ISIS

 



      
        

Primeiro: os amantes (diante do(a) consorte), estabelecem um reconhecimento da sua própria essência espiritual divina, imaginando-se na origem, no mundo Celestial e descendo até seu corpo em uma ponte de Luz Celestial, que provém de sua conexão com a identidade divina. Essa Luz/som deve ser ancorada no corpo físico para que toda prática tântrica seja permeada pela inocência e pureza divina, e não pela dominação sexual animal e competição, que são permeadas pela ignorância, culpa e separação da fonte.
        







      
   
A ponte de Luz significa uma ligação multidimensional, que atravessa todos os níveis superiores até a manifestação física. O praticante pode se imaginar como uma holografia reproduzida em muitas dimensões, como uma ponte feita de suas próprias imagens, que atravessa as nuvens e chega até o solo, no ponto onde ele se encontra. É o que você é no tempo presente, ligado a toda sabedoria e amor de todas as suas outras vidas, e seu futuro na Terra. É isso que será compartilhado entre os amantes. O amor infinito é o maior presente que alguém pode oferecer a outra pessoa.

Segundo: reconhecer a beleza e a sacralidade do outro, usando as mesmas imagens de antes, mas agora tocando a origem celestial do parceiro e trazendo até ele/ela. Imaginar a Luz descendo da origem divina até o corpo do(a) parceiro(a).
      


Terceiro: comprometer-se, silenciosamente, e de mãos dadas, a honrar o outro com todo seu amor. comprometer-se a receber o amor do outro, sem medo, e a dissolver todas as barreiras de possessão e dominação sexual, que são baseadas na culpa e na desconfiança.
Agradecer ao outro, silenciosamente e de mãos dadas, por ser a pessoa escolhida para compartilhar o amor sagrado no corpo físico, pois isso predispõe você a receber o imenso presente que é ser amado por outra pessoa.
Esse passo é um ponto crítico do Ritual tântrico, pois o orgulho é uma sombra de personalidade que impede qualquer um (mesmo os que se acham grandes amantes) de alcançar o poder do verdadeiro e essencial amor. O gesto mais elevado é ter a humildade de receber e estar aberto a experiência de perder o medo, e honrar o outro com ternura e cuidado.

O quarto passo do Ritual é compartilhar a manifestação física da doação amorosa.
O casal pode suspender essa etapa e treinar a união espiritual até que haja confiança mútua para atravessar o limiar da interação física.
Caso não haja condições emocionais para a interação física, o casal deve criar uma interação espiritual, se imaginando fazendo amor nos níveis espirituais em todas as dimensões superiores, descendo até o corpo físico. Até que a intimidade seja conquistada, é necessário antes de mais nada uma interação em espírito, pois sem isso a sensação física do ato será empobrecida e decepcionante.
        



 

Quando o casal estiver totalmente a vontade, devem explorar o corpo um do outro, tocando primeiro as mãos e os braços, lentamente, sentindo o calor da pele do outro. O tempo é uma das chaves para alcançar a união amorosa em todos os níveis. Esse Ritual pode durar horas, pois quando se está ligado com o(a) parceiro(a) em níveis multidimensionais, a experiência traz a suspensão da percepção do tempo. Há uma calma e prazer imenso sendo compartilhados, e os campos energéticos são nutridos com amor. Essa energia é estimulante e nutridora, e pode sustentar o desejo de trocar amor por muito tempo.
O rosto do parceiro é tocado suavemente, mas com as mãos abertas. Você deve sentir o rosto com as mãos, com delicadeza e oferecendo seu amor espiritual, em um gesto de honrar o outro com o reconhecimento de sua beleza, e não importa o quanto essa pessoa seja fisicamente graciosa, pois cada ser viveu na Terra muitas vidas e muitas formas, sendo a sua singularidade no agora sua forma ideal.
Toque o pescoço do parceiro, massageando-o com delicadeza e ternura. O pescoço é uma zona erógena importante, pois o sistema nervoso tende a congestionar energia nessa região, endurecendo o corpo com tensões musculares. Tocar e massagear o parceiro nesse ponto causa um grande relaxamento. Mentalize amor de seu espírito fluindo em direção ao corpo do parceiro enquanto você toca seu corpo.
Suas mãos devem ser leves como algodão. Toque o ombro do parceiro e o peito. Pare por um momento nesse ponto. Os seios simbolizam a nutrição, o amor que flui do coração físico e é transformado em alimento para o corpo. Sinta o coração através dos seios, e depois desça as mãos pelas laterais do corpo, sempre conduzindo amor espiritual da fonte para o corpo do parceiro, e se imaginando fazendo amor com ele em todas as dimensões. Você pode abraçar o parceiro nesse momento, e apertar seu corpo numa fusão de energia amorosa.
        






Passe alguns momentos abraçado(a) ao parceiro, sinta o calor de seu corpo, e deixe que sua região sexual toque a região sexual do parceiro, enquanto imagina o amor se consumando em todas as dimensões acima do casal. Esse é um momento adequado para beijar o(a) parceiro(a). O beijo é uma forma de compartilhar o sabor da pele do parceiro. Acaricie com sua língua o corpo do parceiro, beije o pescoço e a boca, enquanto se imagina fazendo amor com o parceiro, em todas as dimensões acima de seus corpos. Imaginem-se sendo a fonte de amor puro, que flui do mundo Celestial. Dissolva a culpa que bloqueia a sacralidade desse ato, e perceba que oportunidade única é estar na Terra e sentir prazer. Sinta a inocência e o amor passando entre seu corpo e o corpo do parceiro. Toque a parte inferior do corpo do parceiro, dissolvendo a culpa primordial por ter se separado da fonte. Use o prazer como uma ponte de ligação com o espírito.
Massageie o sexo do parceiro, imaginando amor puro e terno como um presente oferecido ao outro. O amor puro da fonte celestial dissolve a culpa que empobrece o ato de tocar o outro. Enquanto toca o sexo do parceiro com carinho, mentalize a união carnal acontecendo desde a fonte até o corpo físico, e alimente seu desejo sexual com esse amor sagrado. Esse é um momento especial no Ritual, pois o órgão sexual é mal compreendido em sua função espiritual. Ele representa o fluxo do amor divino sendo compartilhado. É um instrumento da criação divina.
        
        


        

Entregue-se ao êxtase de sentir a energia amorosa da fonte celestial passando por seu corpo. Isso tem o poder de nutrir as células do seu corpo com o amor do outro, em sua sacralidade. Apenas a culpa pode impedir isso, liberte-se dela nesse momento, pois é apenas um condicionamento de separação.
Esse é um momento adequado para deixar que a união carnal seja consumada, pois a conexão com a fonte Celestial está suficientemente estabelecida. A partir desse momento, existe inocência e amor suficientes para dissolver a culpa e separação da fonte, e o coração pode ser iluminado com o amor divino.
   

        


        

Tente permanecer com o parceiro, sem se preocupar em terminar algo. Abandone a necessidade de aliviar a pressão por estar separado da fonte, pois é isso a urgência pelo orgasmo. Sinta o prazer que é estar amando outra pessoa. Permita que o amor seja espalhado por todo seu corpo. Sentir o amor da origem Celestial no corpo imprime calma ao ato sexual, pois esse amor é pleno de inocência e êxtase.
Se o parceiro masculino sentir muita pressão do corpo pelo orgasmo, ele deve evitar a movimentação enquanto estiver dentro da parceira, e respirar lenta e profundamente. Existe um condicionamento de muitas eras por dominação sexual quando se está praticando o ato. Quando a mente tentar tomar o controle e restabelecer o padrão de dominação animal, você deve se imaginar novamente fazendo amor desde a fonte Celestial, e em todas as dimensões até o corpo físico, sentindo a imensa paz que é ser amado por outra pessoa. Apoie-se nesse amor para restabelecer o contato com a fonte Celestial de inocência e amor, enquanto sente o êxtase amoroso sexual com o parceiro. Perceba o quanto esse ato é um presente, e estar na Terra é maravilhoso para você. Beije e toque o corpo do parceiro, enquanto faz amor com ele(a). Ofereça a ternura de seu espírito, sem culpa por ser quem você é. Entregue-se a este êxtase até que de livre consentimento vocês se permitam chegar ao orgasmo, Pois o tantra de Isis não despreza este momento de união espiritual sagrada.

O tantra de Isis é um Ritual que não deve ser terminado. Ele é algo que deve ser dado como um presente ao parceiro, e a sensação de união pode perdurar, pois é uma união na pureza e amor, e não no controle do livre arbítrio do outro. Quando você não estabelece a separação da fonte amorosa que é o outro, permanece ligado a fonte inesgotável do amor do espírito, e essa ligação dura muitos dias após a realização do Ritual.


      

      PASSOS DO RITUAL TÂNTRICO DE ISIS




Uma vez que as bases da parte 1 do ritual estiverem completamente integradas como uma técnica dominada pelos praticantes, poderá ser alcançado o limiar metafísico do Tantra de Isis.
        


Nesse estágio, há um poder imenso a ser despertado pelo contato com a fonte de energia tântrica dourada proveniente do coração da Deusa Terrestre. O coração da Deusa é um portal de Luz de evolução e criação material, e pode ser acessado se houver um parceiro que represente o complemento sexual oposto dentro do coração da Deusa.
Uma grande Lótus dourada deve ser visualizada durante o Ritual, e o casal de consortes deve estar dentro dessa Lótus, fazendo Amor. Enquanto fazem Amor dentro da Lótus, devem visualizar a energia dourada fluindo do cálice formado pelo pedúnculo e receptáculo floral, em forma de cone, abaixo dos pés dos amantes. Metafisicamente, isso significa que o chakra Estrela da Terra (localizado abaixo dos pés há 15 centímetros) estará canalizando para cima do corpo energético do praticante a energia dourada da Deusa, e redistribuindo-a para si e para o parceiro, através de todos os chakras e do órgão genital, que deve empurrar a energia dourada para o órgão genital (e chakra sexual) do parceiro durante o Ritual.
        



        
        

Todos os chakras e corpos energéticos devem ser conectados e energizados com a energia da kundalini dourada, durante o Ritual, bem como os corpos físicos, dentro da Lótus. O casal deve estar completamente unido em todos os pontos energéticos, amalgamado.
    




       
        

Imagine seu corpo e o corpo do parceiro como corpos dourados, fazendo amor, enquanto energiza o parceiro com dourado através do seu órgão sexual. Para aumentar ainda mais o poder de absorção da energia dourada, você pode imaginar os chakras Estrela da Alma (15 cm acima da cabeça) e Estrela da Terra (15 cm abaixo dos pés) como duas espirais que giram no sentido contrário, enquanto faz Amor, distribuindo a energia da Kundalini dourada entre você e seu parceiro.
Para que os chakras possam absorver a energia dourada da Kundalini, é necessário que estejam completamente limpos. A melhor maneira de limpar os chakras, enquanto se pratica o ritual é visualizar serpentes douradas dentro dos chakras. As serpentes douradas devem se mover em espiral dentro dos chakras. Isso vai ativar ainda mais o poder da Kundalini que pode fazer parte integral da energia dos chakras, que se tornarão maiores e iluminados, aumentando em consciência e poder.
   
        




        
Imagine também serpentes douradas se enrolando em sentidos opostos, em torno do casal, dentro da Lótus. Essa visualização pode parecer complexa no começo, mas uma vez que os passos sejam decorados, será fácil internalizar a técnica ao modo espontâneo de fazer Amor, para se atingir poder, prazer e orgasmo.
        




       BASES METAFÍSICAS DO RITUAL TÂNTRICO DE ISI

        

O primeiro passo para realização do Ritual de amor sagrado é a conexão entre todos os Eus (Eu superior, Eu básico e Eu inferior), desde a origem celestial até o corpo carnal. Em segundo lugar, os praticantes devem se dispor ao parceiro, para que haja conexão de troca energética mútua, em equilíbrio, sem perdas para nenhum dos lados, e o casal possa estabelecer uma conexão entre as polaridades masculina e feminina da malha cósmica (éter). O objetivo da polarização masculino e feminino é a absorção das duas forças primordiais vitais: a solar proveniente do plano celestial e a energia da kundalini da Terra, de caráter lunar.
No templo de Isis, era regra comum os parceiros determinarem essa aliança através de palavras mágicas, iniciando com os dizeres:
Eu sou Isis, meu corpo é seu nesse momento, faça dele um jardim onde você poderá sentir o prazer de estar na Terra, e caminhando através do meu corpo vislumbrar tudo o que é sagrado ¨. Estas eram as palavras que a consorte dizia ao parceiro.
Eu sou Osiris, meu corpo é seu nesse momento, faça dele um caminho, um horizonte sem fim, onde você conquistará a sensação de ser livre, e pertencer a todos as lugares do Universo ¨. Estas eram as palavras que o consorte dizia a parceira.
Ser Isis significa personificar o princípio feminino, ser o corpo da Deusa. Isso permite que o parceiro abra seu coração para a atitude de receber amor. Isis é a base de sustentação para sexualidade sagrada. Na força e na presença de Isis, a culpa, o medo, e o ódio desaparecem, e o Deus interior pode encarnar na realização do Amor.
Ser Osiris significa personificar o princípio masculino. Isso libera e canaliza o impulso da energia sexual ativa, dinâmica, em direção ao Amor e ao orgasmo (êxtase). Uma vez que essa energia seja definida em polos opostos e complementares masculino e feminino no Ritual de Amor sagrado, há uma abertura dos canais da malha energética, conectando os consortes com as forças luminosas do cosmos e da Terra.
       

                              O PRANA DOURADO



O prana dourado, ou energia da Kundalini da Deusa, foi mitologicamente perseguido no passado, por Magos e Reis, que buscavam a imortalidade. O prana dourado tem a particularidade de poder ser programado para várias funções, desde aumentar o poder mágico, a vidência, e até prolongar a vida, a duração das células do corpo físico, trazer a imortalidade. Existe uma pequena parcela de prana dourado contido em alguns alimentos considerados sagrados pelos povos antigos, como partes de alguns peixes, algumas plantas como o Louro, o Ginseng, no Óleo de oliva... Embora haja escassas fontes exteriores de obtenção deste poderoso elixir da vida, aos iniciados, em essência, o prana dourado deve ser criado através do próprio poder mágico, através da conexão estabelecida pelas duas e interconectadas fontes de existência: a feminina (lunar), e a masculina (solar), por meio dos dois grandes chakras transpessoais; o Estrela da Alma e o Estrela da Terra.
Após o Ritual, seus chakras estarão totalmente energizados pela Kundalini dourada, mesmo após o orgasmo. Você pode visualizar essa energia dourada viajando até seus órgãos, sua pele, seus músculos, ossos, todas as células do seu corpo, e mentalmente pode programar o prana dourado para rejuvenescer seu corpo, curá-lo, torná-lo forte e saudável. Converse com seu corpo físico, pedindo a ele que aceite e redistribua a energia dourada por todo o corpo, todas as células, enquanto imagina seu corpo todo dourado e brilhante, rejuvenescido e saudável.
Com o tempo de prática, você notará o despertar de uma grande reconexão com a Terra, e um sentimento de prazer imenso, que ficará impresso como um novo código energético em seu corpo. O prana dourado ativará em suas células o poder de reter a serotonina despertada pelo orgasmo, e você se sentirá parte de todas as criaturas vidas, e em comunicação pacífica, amorosa e vital com elas. Esse sentimento é a expressão máxima do chakra sexual, e só pode ser acessado se houver uma purificação e harmonização do chakra sexual pela Kundalini da Terra.
O segredo metafísico da relação entre o chakra sexual e a kundalini permaneceu escondido por eras, pois o chakra sexual é também a morada das sombras de personalidade, das emoções inferiores como ciúme, inveja, dominação sobre o outro, vícios. Uma vez que um Mago domine as forças magnéticas da kundalini, seu poder simplesmente se multiplica muitas e muitas vezes.
Na Índia antiga, em muitas interpretações védicas arcaicas, o segundo chakra era considerado o chakra do baço, pois os iniciados eram impedidos pelos grandes mestres de acessarem diretamente o poder oculto do chakra sexual, o verdadeiro segundo chakra. Mesmo entre os antigos mestres chineses, praticantes do Qigong, ou chi kung (que literalmente significa cultivação da energia da vida), as técnicas de obtenção do prana dourado eram apenas reservadas aos estudiosos mais hábeis, que conseguiam sozinhos dominar esta arte, pois nada era ensinado, apenas comentado.
O Ritual do Tantra de Isis é uma maneira segura de explorar os domínios e a expressão máxima do chakra sexual, sem cair na armadilha das sombras que poderiam ser despertadas e energizadas por outras técnicas e práticas sexuais.
        

ELIMINANDO MAGIAS NEGRAS E PADRÕES
NEGATIVOS DE OUTRAS PESSOAS NO SEU PARCEIRO AMOROSO
O Ritual tântrico de Isis é um poderoso remédio para liberação de antigas memórias de relacionamentos passados, e de cordas de energia criadas por intrusos que desejam prender o coração do parceiro.
Antes de iniciar a prática corpórea, durante a fase de preparação da mentalização dos amantes dentro da Lótus coração da Deusa, deve-se imaginar panteras negras devorando toda magia negra e cordas com relacionamentos passados no corpo energético do parceiro. Peça que a Deusa limpe com os animais toda magia e padrões de separação. Todos os chakras devem ser limpos, imaginando-se uma pantera negra devorando a energia negativa para cada chakra do corpo sutil do parceiro.
A pantera negra é o animal que guarda a sabedoria de cura da Deusa primordial, e um dos animais da alquimia metafísica do espírito.
Invocar o poder de cura da pantera negra equivale a drenar para o profundo da Terra os padrões de desequilíbrio contidos nos chakras, e por consequência, toda magia negra e elementais de dominação também serão destruídos.
Você pode realizar o Ritual tântrico como está descrito nos passos posteriores, sem temer ser afetado pela limpeza que os animais da Deusa estarão executando durante o ritual.
       

                                    O QUE É A KUNDALINI ?




  
        




        

A Kundalini é o fogo sagrado que reside próximo a base da coluna vertebral. É simbolizada como uma serpente enrolada (em Sânscrito: kundalini), que se acha normalmente inativa sobre a região coccígea do primeiro chakra (básico). O processo de liberação da Kundalini utiliza os circuitos cristalinos do corpo, particularmente a glândula pineal, e também um arco reflexo especial de energia ressoante que se estende da região do cóccix até a base do cérebro. Nesse processo, que ocorre em etapas, os chakras são ativados e desbloqueados dos implantes energéticos gerados por eras de Karma negativo, que cristalizam as estruturas do sistema de chakras e nadis da malha energética.
A liberação da Kundalini ativa todos os chakras do sistema energético, e unem o sistema ao fluxo de energia proveniente do Eu superior, criando uma ponte espiritual até os níveis superiores de consciência.
Segundo a tradição hindu, a Kundalini tem sete camadas, e cada camada tem sete subcamadas. Há portanto quarenta e nove estágios de ativação da Kundalini. De maneira geral, a Kundalini é ativada em pessoas comuns, mas em grau muito pequeno. A questão então é saber o quanto a kundalini está ativada, e não se ela está ou não está.
Quando a kundalini é despertada de forma inadequada, as qualidades interiores positivas e negativas da pessoa são elevadas a um nível muito alto. A energia da kundalini é como um fertilizante. Sejam quais forem as sementes que estejam no solo, elas serão estimuladas a crescer. Da mesma forma, as sementes antigas que a pessoa possui, sejam boas ou más, serão engrandecidas. É por essa razão que todos aqueles que trilham o caminho espiritual devem vencer seus demônios internos, como uma verdadeira batalha espiritual, através de disciplina, purificação e auto transformação.


Por que a energia da kundalini deve ser despertada? Para permitir que a mente concreta registre as experiências espirituais. Sem a energia da kundalini, a mente concreta não tem como registrar os estímulos espirituais.
      

        



        

No Egito, o despertar da energia kundalini, que se elevou até o centro da cabeça, é simbolizado por uma serpente sobre o adorno de cabeça do faraó.
       
        



        

Nos tempos antigos egípcios, a figura do faraó era a fonte da benevolência e sabedoria para governar seu povo, e requeria austeridade e disciplina espiritual. Os faraós eram conscientes de seu papel, e meditavam regularmente a fim de que seu espírito servisse de modelo a seu povo, pois ambos estavam ligados energeticamente.
    


     


Na tradição chinesa, um sábio cuja kundalini esteja totalmente desperta e que a dominou, é representado por uma pessoa cavalgando um dragão. A figura da Deusa Kuan Yin é representava por vezes dessa forma, pois se sabe que a kundalini só pode ser despertada após o desenvolvimento dos atributos dourados da compaixão e paz interior, atributos do sagrado feminino.
   


        


        

Na índia, o grau do despertar da kundalini é simbolizado pelo número de cobras naja pairando sobre o topo da cabeça do iogue. O número de najas simboliza o número de camadas que foram despertadas. As vezes, pode-se ver a estátua de um iogue meditando, com uma ou três, ou até mesmo cinco najas pairando sobre sua cabeça. Sete najas simboliza uma grande alma, um grande professor espiritual.
        

                                                         O CADUCEU

Como é sabido desde os tempos antigos, a energia vital (prana) caminha pelo corpo etérico através de canais de energia que percorrem o corpo. Estes canais são conhecidos como nadis. Os nadis não são os canais de energia conhecidos pela acupuntura, mas sua estrutura se assemelha a uma malha de luz, que está espalhada pelo corpo etérico, e que tem como função distribuir o prana entre os chakras menores e maiores do corpo energético etérico. Os nadis menores tem conexão com três grandes nadis ou canais centrais de energia que percorrem o corpo, paralelamente a coluna vertebral. Estes canais são chamados ida, pingala e sushumna.
A estrutura dos três canais organiza-se pelo corpo etérico da seguinte forma:
Ida é um canal de energia lunar. A energia que percorre ida é ascendente, e provem do ventre da grande Mãe divina, no centro da Terra, sendo transmutada pelo chakra Estrela da Terra, e pelos chakras secundários dos pés, e depois subindo pelo canal ida até o chakra da coroa, depois pelos chakras Estrela da alma e portão estelar, e indo além, para o Sol e nossa galáxia, a Via Láctea. Sua qualidade é fria, lunar, sua cor é prateada, e vibra uma oitava abaixo do prana comum.
A energia que percorre pingala é descendente, e provém do cosmos, passando pela Via Láctea e pelo Sol, sendo transmutada pelos chakras portão estelar e Estrela da alma, depois pelo chakra da coroa e descendo pelo canal pingala até os chakras dos pés e o chakra Estrela da Terra, e depois ao coração da grande mãe, no centro da Terra. Sua qualidade é quente, solar, sua cor é dourada, e vibra uma oitava acima do prana comum.
Sushumna é o canal (nadi) central de prana. Está ligado a coluna vertebral, e passa por dentro dela. A energia prânica transmutada pelos crakras Estrela da alma e Estrela da Terra percorre esse canal, que tem ligação direta com os nadis, e consequentemente com os chakras. Toda essa estrutura pode ser entendida como uma grande rede de energia que abastece todo corpo etérico com a energia vital, o prana. Os chakras atuam nesse complexo sistema como estações reguladoras e distribuidoras do prana.


A energia que passa pelos canais Ida e Pingala vibra uma oitava abaixo (Ida), ou uma oitava acima (Pingala) do prana comum, e é transformada em prana comum utilizável pelos chakras, que estão relacionados ao canal Sushumna, e distribuem essa energia pelo corpo etérico.

Originalmente, o símbolo do caduceu representava os três canais de energia. O bastão central simboliza o nadi Sushumna, e as duas serpentes enroladas simbolizam os dois canais adicionais Ida e Pingala.
Olhando sob um ponto de vista bidimensional, os três canais de energia Ida, Pingala e Sushumna parecem se cruzar, e por muito tempo foi assim compreendido pelos antigos estudantes da ciência esotérica. O símbolo do caduceu, com duas serpentes que se cruzam, e sobem em torno de um bastão, foi concebido pelos hindus, com os sacerdotes do Deus Shiva, e pelos egípcios, com os sacerdotes do Deus Thot, e depois adotado pelos gregos, como símbolo do Deus Hermes. Foi posteriormente utilizado como símbolo da medicina.
Nota-se que no caduceu, as duas serpentes estão subindo o bastão, formando um entrelaçamento até o topo. Esse símbolo foi assim concebido de maneira intencional pelos antigos sábios egípcios das escolas de mistério. Não era seguro propagar aos leigos os segredos do funcionamento da energia da vida, pois tal informação poderia ser utilizada pelos mal intencionados para provocar doenças psíquicas, ou controlar a mente de outras pessoas.
Se o caduceu fosse representar fielmente o que acontece com energia masculina e feminina universal manifesta no corpo de energia humano, uma das serpentes teria que estar descendo, em direção a Terra, enquanto a outra subiria, em direção ao cosmos, e elas estariam em posição espiral, pois assim a energia caminha.
Na ponta do caduceu, há uma esfera, com asas. Isso simboliza que o espírito humano provém do plano celestial, e tende a retornar a fonte. Quando o espírito evolui na Terra, ilumina-se da verdade suprema, e esta preparado para viver a plenitude da vida terrena.
A outra simbologia da esfera com asas é a Deusa Isis, que foi aluna de Thot. Chamado no Egito de "o não nascido", Thot ensinou a Isis os segredos da Alta Magia, e a partir de então, Isis tornou-se a guardiã dos segredos da Magia, aquela que consegue destruir todos os encantamentos. A esfera com asas simboliza a origem celestial do espírito, a origem de todas as coisas.


No caduceu, as serpentes entrelaçadas na realidade são símbolos da energia da kundalini, provenientes das manifestações masculina e feminina do ser supremo universal, uno, que origina em si todas as coisas.
        

                                          CORDÕES ESPIRITUAIS


        

        

A alma encarnada está conectada à alma superior por um cordão espiritual Em uma pessoa comum, o cordão espiritual é tão fino quanto um fio de cabelo. As pessoas religiosas têm cordões espirituais até da grossura do dedo mindinho. Para aqueles que atingiram um grau substancial de realização da alma, o cordão espiritual é visto como um pilar de luz. É por esse motivo que os santos ou yogues adiantados às vezes são mostrados com um pilar de luz descendo sobre suas cabeças. Se uma pessoa é constantemente maldosa e prejudicial a outras pessoas, o cordão espiritual pode desconectar-se. Ele também pode se desconectar quando alguém leva uma vida emocional e sexual de orgia por um período de tempo prolongado. Quando a pessoa é muito ambiciosa e ganha dinheiro através do sofrimento alheio, o cordão também se desconecta. Quando o cordão é desconectado, a alma encarnada transforma-se em uma alma perdida, um desalmado. Quando uma pessoa pratica a construção do seu caráter, ou o desenvolvimento das virtudes, o cordão espiritual torna-se mais forte e mais grosso. Quando as palavras, os atos, os pensamentos de uma pessoa não são saudáveis, o cordão espiritual fica mais fino.
        



        




O cordão espiritual percorre a coluna pelo canal central da coluna (nadi Sushumna) e continua descendo até a Terra. O cordão inferior é chamado cordão da Terra, e permite que a alma encarnada se enraíze na Terra, e possa ajustar-se ao planeta, e funcionar na consciência das esferas terrenas da existência. O enraizamento inferior permite que o corpo absorva o prana da Terra, necessário a manutenção da saúde e força física do corpo. Outro termo para esse enraizamento inferior é enraizamento na Terra, enquanto que o enraizamento superior é conhecido como enraizamento espiritual. Literalmente, a pessoa é como uma árvore, que requer sustento da Terra e do Sol. O cordão espiritual nos liga ao portal solar, que refina, transmuta, e nos envia do Espaço profundo os raios cósmicos que permitem o sustento da alma encarnada na Terra.
        
 Texto Retirado da Internet sobre a busca de Hieros Gamos e Magia Sexual