O TANTRA DE ISIS
Essência do verdadeiro Amor
Nota: ao se realizar o
Ritual Tântrico de Isis, nem sempre os dois consortes se encontram no mesmo
estágio evolutivo, e isso pode ocasionar contrariedade por parte de um dos
parceiros. Diante disso, da incapacidade por parte de um dos parceiros de
compreender o valor desse ato de Amor e alquimia espiritual, recomenda-se que
apenas um dos consortes execute os passos do Tantra de Isis, permitindo ao
outro que participe do ato livremente, de acordo com suas crenças e capacidades
sensíveis. A escolha individual que parte de apenas um dos consortes não
invalida o Ritual, desde que o ato amoroso seja realizado também com o espírito
do parceiro, que será invocado silenciosamente para estar consciente nas
dimensões superiores de existência.
O Tantra de Isis é um ritual
de partilha amorosa, e recomenda-se que os parceiros obtenham um grau elevado
de interação mútua para que se alcance os melhores resultados. A base de todo
relacionamento amoroso é a partilha emocional, a entrega e a confiança entre os
parceiros, e isso deve ser almejado durante o ritual, para que seja
conquistado. Com o tempo de prática, a Maestria amorosa será revelada, tendo o
princípio feminino representado pela figura da Deusa Terrestre como a grande
guia para entrada nesse Universo.
Esse Ritual foi concebido
como uma série de canalizações da Deusa Isis, e das minhas próprias
experiências de vidas passadas, no Egito antigo, onde vivi como sacerdote ou
sacerdotisa, por 44 encarnações.
Nas nascentes do Nilo, no
alto Egito, um Ritual secreto acontecia a cada primavera. Nesse Ritual, as
águas do Nilo eram purificadas pelos sacerdotes e sacerdotisas do culto de Isis
e Osiris, a fim de serem preparadas para a união sagrada dos consortes divinos,
que representavam respectivamente a essência do princípio feminino e do
princípio masculino, forças geradoras da vida no Universo.
Um festival acontecia nas
piscinas de um templo próximo das nascentes, dedicado a Isis. A Deusa da
fertilidade e da sexualidade (Isis) era celebrada com um Ritual tântrico
egípcio, em que casais de amantes praticavam a união carnal em honra ao casal
de Deuses, e uniam seus Eus dimensionais (Eu superior, Eu básico e Eu inferior)
desde a dimensão física até a perfeição do Universo. Para os egípcios, assim
como para as correntes esotéricas modernas, a alma era dividida em partes, com
níveis de consciência diferenciados, e tinha origem divina, no Mundo Celestial.
O corpo era enxergado como uma das partes da alma, pois continha o segredo da
consciência de estar na Terra com gratidão e dignidade. Para os egípcios, o
corpo não era uma cela da qual a alma deveria se libertar para atingir a união
com Deus, mas ao contrário, era parte de uma força essencial que provinha das
dimensões superiores, e se comunicava com essa força, podendo integrá-la no
mundo físico. O tantra de Isis era uma forma mágica de resgatar essa
integração, através da união amorosa com o sexo oposto.
No Ritual tântrico de Isis,
a alma era concebida como uma essência naturalmente pura e sagrada, e a união
de almas como uma oportunidade de enxergar a beleza que existe em todas as
coisas, através da beleza que existe no outro.
As águas do Nilo eram semeadas
com o humor sexual dos amantes, e isso era considerado o ponto alto do Ritual,
pois todo Egito seria abençoado com a prosperidade de Isis e Osiris, por
intermédio dos casais que se amavam e se uniam em corpo e espírito à perfeição
do Universo.
Desse ritual coletivo e
secreto, derivou a comunhão íntima entre casais que era ensinada pelas
sacerdotisas deste templo. Os alunos eram aceitos apenas sob entrevista ou
indicação de outros sacerdotes, geralmente provenientes das castas
aristocráticas, pois o tantra era um Ritual de magia sexual, mantido em segredo
e sob controle da casta sacerdotal.
O Tantra de Isis difere das
demais correntes esotéricas Tântricas em muitos aspectos: o primeiro deles é
que não há exercícios para atingir os níveis de maestria, ou seja, não há uma
técnica a ser empregada para subida da energia Kundalini. A segunda diferença
importante é que para os Mestres do Tantra Egípcio, (e consequentemente para
todo pensamento esotérico) a Kundalini é um nível de consciência, a ser
acessado pelas almas que se reconhecem sagradas durante o ritual. A terceira
grande diferença é que para o Tantra Egípcio, o orgasmo é sagrado, e é um dos
estágios de comunhão entre os consortes, sendo também parte da comunhão entre o
sagrado feminino e o sagrado masculino, que ocorre no coração de cada um dos
amantes.
PASSOS DO RITUAL TÂNTRICO DE ISIS
Primeiro: os amantes (diante
do(a) consorte), estabelecem um reconhecimento da sua própria essência
espiritual divina, imaginando-se na origem, no mundo Celestial e descendo até
seu corpo em uma ponte de Luz Celestial, que provém de sua conexão com a identidade
divina. Essa Luz/som deve ser ancorada no corpo físico para que toda prática
tântrica seja permeada pela inocência e pureza divina, e não pela dominação
sexual animal e competição, que são permeadas pela ignorância, culpa e
separação da fonte.
A ponte de Luz significa uma
ligação multidimensional, que atravessa todos os níveis superiores até a
manifestação física. O praticante pode se imaginar como uma holografia
reproduzida em muitas dimensões, como uma ponte feita de suas próprias imagens,
que atravessa as nuvens e chega até o solo, no ponto onde ele se encontra. É o
que você é no tempo presente, ligado a toda sabedoria e amor de todas as suas
outras vidas, e seu futuro na Terra. É isso que será compartilhado entre os
amantes. O amor infinito é o maior presente que alguém pode oferecer a outra
pessoa.
Segundo: reconhecer a beleza
e a sacralidade do outro, usando as mesmas imagens de antes, mas agora tocando
a origem celestial do parceiro e trazendo até ele/ela. Imaginar a Luz descendo da
origem divina até o corpo do(a) parceiro(a).
Terceiro: comprometer-se,
silenciosamente, e de mãos dadas, a honrar o outro com todo seu amor.
comprometer-se a receber o amor do outro, sem medo, e a dissolver todas as
barreiras de possessão e dominação sexual, que são baseadas na culpa e na
desconfiança.
Agradecer ao outro,
silenciosamente e de mãos dadas, por ser a pessoa escolhida para compartilhar o
amor sagrado no corpo físico, pois isso predispõe você a receber o imenso
presente que é ser amado por outra pessoa.
Esse passo é um ponto
crítico do Ritual tântrico, pois o orgulho é uma sombra de personalidade que
impede qualquer um (mesmo os que se acham grandes amantes) de alcançar o poder
do verdadeiro e essencial amor. O gesto mais elevado é ter a humildade de
receber e estar aberto a experiência de perder o medo, e honrar o outro com
ternura e cuidado.
O quarto passo do Ritual é
compartilhar a manifestação física da doação amorosa.
O casal pode suspender essa
etapa e treinar a união espiritual até que haja confiança mútua para atravessar
o limiar da interação física.
Caso não haja condições
emocionais para a interação física, o casal deve criar uma interação
espiritual, se imaginando fazendo amor nos níveis espirituais em todas as
dimensões superiores, descendo até o corpo físico. Até que a intimidade seja
conquistada, é necessário antes de mais nada uma interação em espírito, pois
sem isso a sensação física do ato será empobrecida e decepcionante.
Quando o casal estiver
totalmente a vontade, devem explorar o corpo um do outro, tocando primeiro as
mãos e os braços, lentamente, sentindo o calor da pele do outro. O tempo é uma
das chaves para alcançar a união amorosa em todos os níveis. Esse Ritual pode
durar horas, pois quando se está ligado com o(a) parceiro(a) em níveis
multidimensionais, a experiência traz a suspensão da percepção do tempo. Há uma
calma e prazer imenso sendo compartilhados, e os campos energéticos são
nutridos com amor. Essa energia é estimulante e nutridora, e pode sustentar o
desejo de trocar amor por muito tempo.
O rosto do parceiro é tocado
suavemente, mas com as mãos abertas. Você deve sentir o rosto com as mãos, com
delicadeza e oferecendo seu amor espiritual, em um gesto de honrar o outro com
o reconhecimento de sua beleza, e não importa o quanto essa pessoa seja
fisicamente graciosa, pois cada ser viveu na Terra muitas vidas e muitas
formas, sendo a sua singularidade no agora sua forma ideal.
Toque o pescoço do parceiro,
massageando-o com delicadeza e ternura. O pescoço é uma zona erógena
importante, pois o sistema nervoso tende a congestionar energia nessa região,
endurecendo o corpo com tensões musculares. Tocar e massagear o parceiro nesse
ponto causa um grande relaxamento. Mentalize amor de seu espírito fluindo em
direção ao corpo do parceiro enquanto você toca seu corpo.
Suas mãos devem ser leves
como algodão. Toque o ombro do parceiro e o peito. Pare por um momento nesse
ponto. Os seios simbolizam a nutrição, o amor que flui do coração físico e é
transformado em alimento para o corpo. Sinta o coração através dos seios, e
depois desça as mãos pelas laterais do corpo, sempre conduzindo amor espiritual
da fonte para o corpo do parceiro, e se imaginando fazendo amor com ele em todas
as dimensões. Você pode abraçar o parceiro nesse momento, e apertar seu corpo
numa fusão de energia amorosa.
Passe alguns momentos
abraçado(a) ao parceiro, sinta o calor de seu corpo, e deixe que sua região
sexual toque a região sexual do parceiro, enquanto imagina o amor se consumando
em todas as dimensões acima do casal. Esse é um momento adequado para beijar o(a)
parceiro(a). O beijo é uma forma de compartilhar o sabor da pele do parceiro.
Acaricie com sua língua o corpo do parceiro, beije o pescoço e a boca, enquanto
se imagina fazendo amor com o parceiro, em todas as dimensões acima de seus
corpos. Imaginem-se sendo a fonte de amor puro, que flui do mundo Celestial.
Dissolva a culpa que bloqueia a sacralidade desse ato, e perceba que
oportunidade única é estar na Terra e sentir prazer. Sinta a inocência e o amor
passando entre seu corpo e o corpo do parceiro. Toque a parte inferior do corpo
do parceiro, dissolvendo a culpa primordial por ter se separado da fonte. Use o
prazer como uma ponte de ligação com o espírito.
Massageie o sexo do
parceiro, imaginando amor puro e terno como um presente oferecido ao outro. O
amor puro da fonte celestial dissolve a culpa que empobrece o ato de tocar o
outro. Enquanto toca o sexo do parceiro com carinho, mentalize a união carnal
acontecendo desde a fonte até o corpo físico, e alimente seu desejo sexual com
esse amor sagrado. Esse é um momento especial no Ritual, pois o órgão sexual é
mal compreendido em sua função espiritual. Ele representa o fluxo do amor
divino sendo compartilhado. É um instrumento da criação divina.
Entregue-se ao êxtase de
sentir a energia amorosa da fonte celestial passando por seu corpo. Isso tem o
poder de nutrir as células do seu corpo com o amor do outro, em sua
sacralidade. Apenas a culpa pode impedir isso, liberte-se dela nesse momento,
pois é apenas um condicionamento de separação.
Esse é um momento adequado
para deixar que a união carnal seja consumada, pois a conexão com a fonte
Celestial está suficientemente estabelecida. A partir desse momento, existe
inocência e amor suficientes para dissolver a culpa e separação da fonte, e o
coração pode ser iluminado com o amor divino.
Tente permanecer com o
parceiro, sem se preocupar em terminar algo. Abandone a necessidade de aliviar
a pressão por estar separado da fonte, pois é isso a urgência pelo orgasmo.
Sinta o prazer que é estar amando outra pessoa. Permita que o amor seja espalhado
por todo seu corpo. Sentir o amor da origem Celestial no corpo imprime calma ao
ato sexual, pois esse amor é pleno de inocência e êxtase.
Se o parceiro masculino
sentir muita pressão do corpo pelo orgasmo, ele deve evitar a movimentação
enquanto estiver dentro da parceira, e respirar lenta e profundamente. Existe
um condicionamento de muitas eras por dominação sexual quando se está
praticando o ato. Quando a mente tentar tomar o controle e restabelecer o
padrão de dominação animal, você deve se imaginar novamente fazendo amor desde
a fonte Celestial, e em todas as dimensões até o corpo físico, sentindo a
imensa paz que é ser amado por outra pessoa. Apoie-se nesse amor para
restabelecer o contato com a fonte Celestial de inocência e amor, enquanto
sente o êxtase amoroso sexual com o parceiro. Perceba o quanto esse ato é um
presente, e estar na Terra é maravilhoso para você. Beije e toque o corpo do
parceiro, enquanto faz amor com ele(a). Ofereça a ternura de seu espírito, sem
culpa por ser quem você é. Entregue-se a este êxtase até que de livre
consentimento vocês se permitam chegar ao orgasmo, Pois o tantra de Isis não
despreza este momento de união espiritual sagrada.
O tantra de Isis é um Ritual
que não deve ser terminado. Ele é algo que deve ser dado como um presente ao
parceiro, e a sensação de união pode perdurar, pois é uma união na pureza e
amor, e não no controle do livre arbítrio do outro. Quando você não estabelece
a separação da fonte amorosa que é o outro, permanece ligado a fonte inesgotável
do amor do espírito, e essa ligação dura muitos dias após a realização do
Ritual.
PASSOS DO RITUAL TÂNTRICO DE ISIS
Uma vez que as bases da
parte 1 do ritual estiverem completamente integradas como uma técnica dominada
pelos praticantes, poderá ser alcançado o limiar metafísico do Tantra de Isis.
Nesse estágio, há um poder
imenso a ser despertado pelo contato com a fonte de energia tântrica dourada
proveniente do coração da Deusa Terrestre. O coração da Deusa é um portal de
Luz de evolução e criação material, e pode ser acessado se houver um parceiro
que represente o complemento sexual oposto dentro do coração da Deusa.
Uma grande Lótus dourada
deve ser visualizada durante o Ritual, e o casal de consortes deve estar dentro
dessa Lótus, fazendo Amor. Enquanto fazem Amor dentro da Lótus, devem
visualizar a energia dourada fluindo do cálice formado pelo pedúnculo e
receptáculo floral, em forma de cone, abaixo dos pés dos amantes.
Metafisicamente, isso significa que o chakra Estrela da Terra (localizado
abaixo dos pés há 15 centímetros) estará canalizando para cima do corpo
energético do praticante a energia dourada da Deusa, e redistribuindo-a para si
e para o parceiro, através de todos os chakras e do órgão genital, que deve
empurrar a energia dourada para o órgão genital (e chakra sexual) do parceiro
durante o Ritual.
Todos os chakras e corpos
energéticos devem ser conectados e energizados com a energia da kundalini
dourada, durante o Ritual, bem como os corpos físicos, dentro da Lótus. O casal
deve estar completamente unido em todos os pontos energéticos, amalgamado.
Imagine seu corpo e o corpo
do parceiro como corpos dourados, fazendo amor, enquanto energiza o parceiro
com dourado através do seu órgão sexual. Para aumentar ainda mais o poder de
absorção da energia dourada, você pode imaginar os chakras Estrela da Alma (15
cm acima da cabeça) e Estrela da Terra (15 cm abaixo dos pés) como duas
espirais que giram no sentido contrário, enquanto faz Amor, distribuindo a
energia da Kundalini dourada entre você e seu parceiro.
Para que os chakras possam
absorver a energia dourada da Kundalini, é necessário que estejam completamente
limpos. A melhor maneira de limpar os chakras, enquanto se pratica o ritual é
visualizar serpentes douradas dentro dos chakras. As serpentes douradas devem
se mover em espiral dentro dos chakras. Isso vai ativar ainda mais o poder da
Kundalini que pode fazer parte integral da energia dos chakras, que se tornarão
maiores e iluminados, aumentando em consciência e poder.
Imagine também serpentes
douradas se enrolando em sentidos opostos, em torno do casal, dentro da Lótus.
Essa visualização pode parecer complexa no começo, mas uma vez que os passos
sejam decorados, será fácil internalizar a técnica ao modo espontâneo de fazer
Amor, para se atingir poder, prazer e orgasmo.
BASES METAFÍSICAS DO RITUAL TÂNTRICO DE ISI
O primeiro passo para
realização do Ritual de amor sagrado é a conexão entre todos os Eus (Eu
superior, Eu básico e Eu inferior), desde a origem celestial até o corpo
carnal. Em segundo lugar, os praticantes devem se dispor ao parceiro, para que
haja conexão de troca energética mútua, em equilíbrio, sem perdas para nenhum
dos lados, e o casal possa estabelecer uma conexão entre as polaridades
masculina e feminina da malha cósmica (éter). O objetivo da polarização
masculino e feminino é a absorção das duas forças primordiais vitais: a solar
proveniente do plano celestial e a energia da kundalini da Terra, de caráter
lunar.
No templo de Isis, era regra
comum os parceiros determinarem essa aliança através de palavras mágicas,
iniciando com os dizeres:
Eu sou Isis, meu corpo é seu
nesse momento, faça dele um jardim onde você poderá sentir o prazer de estar na
Terra, e caminhando através do meu corpo vislumbrar tudo o que é sagrado ¨.
Estas eram as palavras que a consorte dizia ao parceiro.
Eu sou Osiris, meu corpo é
seu nesse momento, faça dele um caminho, um horizonte sem fim, onde você
conquistará a sensação de ser livre, e pertencer a todos as lugares do Universo
¨. Estas eram as palavras que o consorte dizia a parceira.
Ser Isis significa
personificar o princípio feminino, ser o corpo da Deusa. Isso permite que o
parceiro abra seu coração para a atitude de receber amor. Isis é a base de
sustentação para sexualidade sagrada. Na força e na presença de Isis, a culpa,
o medo, e o ódio desaparecem, e o Deus interior pode encarnar na realização do
Amor.
Ser Osiris significa
personificar o princípio masculino. Isso libera e canaliza o impulso da energia
sexual ativa, dinâmica, em direção ao Amor e ao orgasmo (êxtase). Uma vez que
essa energia seja definida em polos opostos e complementares masculino e
feminino no Ritual de Amor sagrado, há uma abertura dos canais da malha
energética, conectando os consortes com as forças luminosas do cosmos e da
Terra.
O PRANA DOURADO
O prana dourado, ou energia
da Kundalini da Deusa, foi mitologicamente perseguido no passado, por Magos e
Reis, que buscavam a imortalidade. O prana dourado tem a particularidade de
poder ser programado para várias funções, desde aumentar o poder mágico, a
vidência, e até prolongar a vida, a duração das células do corpo físico, trazer
a imortalidade. Existe uma pequena parcela de prana dourado contido em alguns
alimentos considerados sagrados pelos povos antigos, como partes de alguns
peixes, algumas plantas como o Louro, o Ginseng, no Óleo de oliva... Embora
haja escassas fontes exteriores de obtenção deste poderoso elixir da vida, aos
iniciados, em essência, o prana dourado deve ser criado através do próprio
poder mágico, através da conexão estabelecida pelas duas e interconectadas
fontes de existência: a feminina (lunar), e a masculina (solar), por meio dos
dois grandes chakras transpessoais; o Estrela da Alma e o Estrela da Terra.
Após o Ritual, seus chakras
estarão totalmente energizados pela Kundalini dourada, mesmo após o orgasmo.
Você pode visualizar essa energia dourada viajando até seus órgãos, sua pele,
seus músculos, ossos, todas as células do seu corpo, e mentalmente pode
programar o prana dourado para rejuvenescer seu corpo, curá-lo, torná-lo forte
e saudável. Converse com seu corpo físico, pedindo a ele que aceite e
redistribua a energia dourada por todo o corpo, todas as células, enquanto
imagina seu corpo todo dourado e brilhante, rejuvenescido e saudável.
Com o tempo de prática, você
notará o despertar de uma grande reconexão com a Terra, e um sentimento de
prazer imenso, que ficará impresso como um novo código energético em seu corpo.
O prana dourado ativará em suas células o poder de reter a serotonina despertada
pelo orgasmo, e você se sentirá parte de todas as criaturas vidas, e em
comunicação pacífica, amorosa e vital com elas. Esse sentimento é a expressão
máxima do chakra sexual, e só pode ser acessado se houver uma purificação e
harmonização do chakra sexual pela Kundalini da Terra.
O segredo metafísico da
relação entre o chakra sexual e a kundalini permaneceu escondido por eras, pois
o chakra sexual é também a morada das sombras de personalidade, das emoções
inferiores como ciúme, inveja, dominação sobre o outro, vícios. Uma vez que um
Mago domine as forças magnéticas da kundalini, seu poder simplesmente se
multiplica muitas e muitas vezes.
Na Índia antiga, em muitas
interpretações védicas arcaicas, o segundo chakra era considerado o chakra do
baço, pois os iniciados eram impedidos pelos grandes mestres de acessarem
diretamente o poder oculto do chakra sexual, o verdadeiro segundo chakra. Mesmo
entre os antigos mestres chineses, praticantes do Qigong, ou chi kung (que
literalmente significa cultivação da energia da vida), as técnicas de obtenção
do prana dourado eram apenas reservadas aos estudiosos mais hábeis, que
conseguiam sozinhos dominar esta arte, pois nada era ensinado, apenas
comentado.
O Ritual do Tantra de Isis é
uma maneira segura de explorar os domínios e a expressão máxima do chakra
sexual, sem cair na armadilha das sombras que poderiam ser despertadas e
energizadas por outras técnicas e práticas sexuais.
ELIMINANDO MAGIAS NEGRAS E
PADRÕES
NEGATIVOS DE OUTRAS PESSOAS
NO SEU PARCEIRO AMOROSO
O Ritual tântrico de Isis é
um poderoso remédio para liberação de antigas memórias de relacionamentos
passados, e de cordas de energia criadas por intrusos que desejam prender o
coração do parceiro.
Antes de iniciar a prática
corpórea, durante a fase de preparação da mentalização dos amantes dentro da
Lótus coração da Deusa, deve-se imaginar panteras negras devorando toda magia
negra e cordas com relacionamentos passados no corpo energético do parceiro. Peça
que a Deusa limpe com os animais toda magia e padrões de separação. Todos os
chakras devem ser limpos, imaginando-se uma pantera negra devorando a energia
negativa para cada chakra do corpo sutil do parceiro.
A pantera negra é o animal
que guarda a sabedoria de cura da Deusa primordial, e um dos animais da
alquimia metafísica do espírito.
Invocar o poder de cura da
pantera negra equivale a drenar para o profundo da Terra os padrões de
desequilíbrio contidos nos chakras, e por consequência, toda magia negra e
elementais de dominação também serão destruídos.
Você pode realizar o Ritual
tântrico como está descrito nos passos posteriores, sem temer ser afetado pela
limpeza que os animais da Deusa estarão executando durante o ritual.
O QUE É A KUNDALINI ?
A Kundalini é o fogo sagrado
que reside próximo a base da coluna vertebral. É simbolizada como uma serpente
enrolada (em Sânscrito: kundalini), que se acha normalmente inativa sobre a
região coccígea do primeiro chakra (básico). O processo de liberação da
Kundalini utiliza os circuitos cristalinos do corpo, particularmente a glândula
pineal, e também um arco reflexo especial de energia ressoante que se estende
da região do cóccix até a base do cérebro. Nesse processo, que ocorre em etapas,
os chakras são ativados e desbloqueados dos implantes energéticos gerados por
eras de Karma negativo, que cristalizam as estruturas do sistema de chakras e
nadis da malha energética.
A liberação da Kundalini
ativa todos os chakras do sistema energético, e unem o sistema ao fluxo de
energia proveniente do Eu superior, criando uma ponte espiritual até os níveis
superiores de consciência.
Segundo a tradição hindu, a
Kundalini tem sete camadas, e cada camada tem sete subcamadas. Há portanto
quarenta e nove estágios de ativação da Kundalini. De maneira geral, a
Kundalini é ativada em pessoas comuns, mas em grau muito pequeno. A questão
então é saber o quanto a kundalini está ativada, e não se ela está ou não está.
Quando a kundalini é
despertada de forma inadequada, as qualidades interiores positivas e negativas
da pessoa são elevadas a um nível muito alto. A energia da kundalini é como um
fertilizante. Sejam quais forem as sementes que estejam no solo, elas serão estimuladas
a crescer. Da mesma forma, as sementes antigas que a pessoa possui, sejam boas
ou más, serão engrandecidas. É por essa razão que todos aqueles que trilham o
caminho espiritual devem vencer seus demônios internos, como uma verdadeira
batalha espiritual, através de disciplina, purificação e auto transformação.
Por que a energia da
kundalini deve ser despertada? Para permitir que a mente concreta registre as
experiências espirituais. Sem a energia da kundalini, a mente concreta não tem
como registrar os estímulos espirituais.
No Egito, o despertar da
energia kundalini, que se elevou até o centro da cabeça, é simbolizado por uma
serpente sobre o adorno de cabeça do faraó.
Nos tempos antigos egípcios,
a figura do faraó era a fonte da benevolência e sabedoria para governar seu
povo, e requeria austeridade e disciplina espiritual. Os faraós eram
conscientes de seu papel, e meditavam regularmente a fim de que seu espírito
servisse de modelo a seu povo, pois ambos estavam ligados energeticamente.
Na tradição chinesa, um
sábio cuja kundalini esteja totalmente desperta e que a dominou, é representado
por uma pessoa cavalgando um dragão. A figura da Deusa Kuan Yin é representava
por vezes dessa forma, pois se sabe que a kundalini só pode ser despertada após
o desenvolvimento dos atributos dourados da compaixão e paz interior, atributos
do sagrado feminino.
Na índia, o grau do
despertar da kundalini é simbolizado pelo número de cobras naja pairando sobre
o topo da cabeça do iogue. O número de najas simboliza o número de camadas que
foram despertadas. As vezes, pode-se ver a estátua de um iogue meditando, com
uma ou três, ou até mesmo cinco najas pairando sobre sua cabeça. Sete najas
simboliza uma grande alma, um grande professor espiritual.
O CADUCEU
Como é sabido desde os
tempos antigos, a energia vital (prana) caminha pelo corpo etérico através de
canais de energia que percorrem o corpo. Estes canais são conhecidos como
nadis. Os nadis não são os canais de energia conhecidos pela acupuntura, mas sua
estrutura se assemelha a uma malha de luz, que está espalhada pelo corpo
etérico, e que tem como função distribuir o prana entre os chakras menores e
maiores do corpo energético etérico. Os nadis menores tem conexão com três
grandes nadis ou canais centrais de energia que percorrem o corpo,
paralelamente a coluna vertebral. Estes canais são chamados ida, pingala e
sushumna.
A estrutura dos três canais
organiza-se pelo corpo etérico da seguinte forma:
Ida é um canal de energia
lunar. A energia que percorre ida é ascendente, e provem do ventre da grande
Mãe divina, no centro da Terra, sendo transmutada pelo chakra Estrela da Terra,
e pelos chakras secundários dos pés, e depois subindo pelo canal ida até o
chakra da coroa, depois pelos chakras Estrela da alma e portão estelar, e indo
além, para o Sol e nossa galáxia, a Via Láctea. Sua qualidade é fria, lunar,
sua cor é prateada, e vibra uma oitava abaixo do prana comum.
A energia que percorre
pingala é descendente, e provém do cosmos, passando pela Via Láctea e pelo Sol,
sendo transmutada pelos chakras portão estelar e Estrela da alma, depois pelo
chakra da coroa e descendo pelo canal pingala até os chakras dos pés e o chakra
Estrela da Terra, e depois ao coração da grande mãe, no centro da Terra. Sua
qualidade é quente, solar, sua cor é dourada, e vibra uma oitava acima do prana
comum.
Sushumna é o canal (nadi)
central de prana. Está ligado a coluna vertebral, e passa por dentro dela. A
energia prânica transmutada pelos crakras Estrela da alma e Estrela da Terra percorre
esse canal, que tem ligação direta com os nadis, e consequentemente com os
chakras. Toda essa estrutura pode ser entendida como uma grande rede de energia
que abastece todo corpo etérico com a energia vital, o prana. Os chakras atuam
nesse complexo sistema como estações reguladoras e distribuidoras do prana.
A energia que passa pelos
canais Ida e Pingala vibra uma oitava abaixo (Ida), ou uma oitava acima
(Pingala) do prana comum, e é transformada em prana comum utilizável pelos
chakras, que estão relacionados ao canal Sushumna, e distribuem essa energia
pelo corpo etérico.
Originalmente, o símbolo do
caduceu representava os três canais de energia. O bastão central simboliza o
nadi Sushumna, e as duas serpentes enroladas simbolizam os dois canais
adicionais Ida e Pingala.
Olhando sob um ponto de
vista bidimensional, os três canais de energia Ida, Pingala e Sushumna parecem
se cruzar, e por muito tempo foi assim compreendido pelos antigos estudantes da
ciência esotérica. O símbolo do caduceu, com duas serpentes que se cruzam, e
sobem em torno de um bastão, foi concebido pelos hindus, com os sacerdotes do
Deus Shiva, e pelos egípcios, com os sacerdotes do Deus Thot, e depois adotado
pelos gregos, como símbolo do Deus Hermes. Foi posteriormente utilizado como
símbolo da medicina.
Nota-se que no caduceu, as duas
serpentes estão subindo o bastão, formando um entrelaçamento até o topo. Esse
símbolo foi assim concebido de maneira intencional pelos antigos sábios
egípcios das escolas de mistério. Não era seguro propagar aos leigos os
segredos do funcionamento da energia da vida, pois tal informação poderia ser
utilizada pelos mal intencionados para provocar doenças psíquicas, ou controlar
a mente de outras pessoas.
Se o caduceu fosse
representar fielmente o que acontece com energia masculina e feminina universal
manifesta no corpo de energia humano, uma das serpentes teria que estar
descendo, em direção a Terra, enquanto a outra subiria, em direção ao cosmos, e
elas estariam em posição espiral, pois assim a energia caminha.
Na ponta do caduceu, há uma
esfera, com asas. Isso simboliza que o espírito humano provém do plano
celestial, e tende a retornar a fonte. Quando o espírito evolui na Terra,
ilumina-se da verdade suprema, e esta preparado para viver a plenitude da vida
terrena.
A outra simbologia da esfera
com asas é a Deusa Isis, que foi aluna de Thot. Chamado no Egito de "o não
nascido", Thot ensinou a Isis os segredos da Alta Magia, e a partir de
então, Isis tornou-se a guardiã dos segredos da Magia, aquela que consegue
destruir todos os encantamentos. A esfera com asas simboliza a origem celestial
do espírito, a origem de todas as coisas.
No caduceu, as serpentes
entrelaçadas na realidade são símbolos da energia da kundalini, provenientes
das manifestações masculina e feminina do ser supremo universal, uno, que
origina em si todas as coisas.
CORDÕES ESPIRITUAIS
A alma encarnada está
conectada à alma superior por um cordão espiritual Em uma pessoa comum, o
cordão espiritual é tão fino quanto um fio de cabelo. As pessoas religiosas têm
cordões espirituais até da grossura do dedo mindinho. Para aqueles que atingiram
um grau substancial de realização da alma, o cordão espiritual é visto como um
pilar de luz. É por esse motivo que os santos ou yogues adiantados às vezes são
mostrados com um pilar de luz descendo sobre suas cabeças. Se uma pessoa é
constantemente maldosa e prejudicial a outras pessoas, o cordão espiritual pode
desconectar-se. Ele também pode se desconectar quando alguém leva uma vida
emocional e sexual de orgia por um período de tempo prolongado. Quando a pessoa
é muito ambiciosa e ganha dinheiro através do sofrimento alheio, o cordão
também se desconecta. Quando o cordão é desconectado, a alma encarnada
transforma-se em uma alma perdida, um desalmado. Quando uma pessoa pratica a
construção do seu caráter, ou o desenvolvimento das virtudes, o cordão espiritual
torna-se mais forte e mais grosso. Quando as palavras, os atos, os pensamentos
de uma pessoa não são saudáveis, o cordão espiritual fica mais fino.
O cordão espiritual percorre
a coluna pelo canal central da coluna (nadi Sushumna) e continua descendo até a
Terra. O cordão inferior é chamado cordão da Terra, e permite que a alma
encarnada se enraíze na Terra, e possa ajustar-se ao planeta, e funcionar na
consciência das esferas terrenas da existência. O enraizamento inferior permite
que o corpo absorva o prana da Terra, necessário a manutenção da saúde e força
física do corpo. Outro termo para esse enraizamento inferior é enraizamento na
Terra, enquanto que o enraizamento superior é conhecido como enraizamento
espiritual. Literalmente, a pessoa é como uma árvore, que requer sustento da
Terra e do Sol. O cordão espiritual nos liga ao portal solar, que refina,
transmuta, e nos envia do Espaço profundo os raios cósmicos que permitem o
sustento da alma encarnada na Terra.
Texto Retirado da Internet sobre a busca de
Hieros Gamos e Magia Sexual