segunda-feira, 21 de setembro de 2020

A diferença entre o Tantra de Isis no Brasil e o Método Deva Nishok Por Daniel Carletti

 


 

 

O método Deva Nishok de Massagem Tantrica ( Segundo o site redemetamorfose.org ) é feito através de manobras especialmente elaboradas, aos poucos, o(a) terapeuta vai “acordando” aspectos sensoriais bioelétricos no corpo do cliente. Estes impulsos elétricos vão sensibilizando músculos e desencadeando uma reação orgástica intensa e prazerosa, de origem neuro-muscular. Estas descargas produzem a sensação orgástica, aquilo que chamamos de “Orgasmos Secos” (sem ejaculação) e “Orgasmos Perenes” (sem declínio após o clímax), tanto nos homens como nas mulheres.

As incríveis descargas elétricas se apropriam do corpo ao longo da massagem, e disparam mecanismos que alteram a percepção e produzem um efeito que denominamos de Supraconsciência – um estado alterado de percepção e consciência, um estado profundamente meditativo. A pessoa acessa o seu aspecto divino, sua transcendência, a alegria verdadeira que vem de seu coração, de sua alma.

Existem quatro níveis de Massagem, no Método Deva Nishok, além de um quinto nível de desenvolvimento onde aplicamos Meditações e Práticas da Terapêutica Tântrica. Sugiro que o desenvolvimento seja realizado progressivamente a partir do primeiro nível:

Nível 1 - Sensitive Massagem, a eletricidade do corpo é despertada. Descobre-se que o orgasmo não é circunscrito aos genitais, mas que todo o corpo é orgástico e permite uma qualidade enorme de prazer

 Nível 2 - Êxtase Total Massagem, inicia-se com os estímulos utilizados no nível 1 e, uma vez que a eletricidade agora está desperta, é conduzida em direção aos genitais, de forma potencializada, onde a energia é intensificada com trabalhos específicos focalizados no Lingam (Pênis) ou na Yoni (Clitóris e Vagina). Não há mobilizações internas na vagina, apenas externas. As mobilizações penianas são suaves, de extensão longitudinal.

No Nível 3 o trabalho é focado, superdimensionado e intensificado no Lingam (Pênis) ou na Yoni (Clitóris e Vagina). É importante frisar que estas manipulações genitais são técnicas que nada tem a ver com a masturbação, e sim com estímulos estudados e especificamente aplicados com o objetivo de aumentar o aspecto sensorial da região genital, proporcionando um tipo de prazer e estados alterados de percepção e consciência nunca experimentados nas manipulações usuais masturbatórias ou sexuais.

Nível 4, a G-Spot Massagem para mulheres e a P-Spot Massagem para os homen.Nas mulheres, o Ponto G fica localizado na parede anterior da vagina, uma área localizada em uma glândula que envolve a uretra que, quando estimulada com a pressão adequada, permite também a percepção de uma angulação saliente do osso púbico, a cerca de 3 a 5 cm da entrada da vagina.

Ponto G masculino , chamado de ponto prostático ou “Ponto P”. Localiza-se na glândula de próstata, que fica abaixo da bexiga e atrás dos testículos. Quando o homem está excitado, o músculo chamado Pubococcígeo (um músculo que se prende ao púbis e circunda órgãos como a bexiga, a uretra e o reto, sustentando-os), aperta a próstata. Esta pressão na próstata é que é a responsável pela sensação de prazer.

Nível 5, a pessoa é atendida em Terapêutica Tântrica. A Terapêutica Tântrica da Comunna Metamorfose oferece condições de tratamento para homens, mulheres e casais. Os resultados são rápidos e eficientes. Este atendimento é indicado para a resolução e cura de stress, ansiedade, depressão, disfunções sexuais, falta de libido, ejaculação precoce, anorgasmia, impotência, insensibilidade clitoriana e vaginal, e vaginismo.

Tantra de Isis e o desenvolvimento no Brasil.

 

Pra começar a falar de Tantra, primeiramente é necessário falar sobre Yoga e o que li ou o que Assisti em inúmeras palestras e vídeos, é que: Yoga é um grupo de práticas e disciplinas físicas, mentais e espirituais que são mais conhecidas como originárias da Índia, mas, de fato, já existia no Egito e já se sabe que muitos elementos da cultura Indiana receberam influência do Egito através de mercadores e do Vale do Indu (como a figura de Hórus nascendo do Lótus Azul é anterior a de Buda no Lótus). Que ambas possam ter se desenvolvido independentemente também é possível, mas a geografia torna mais razoável uma influencia, entre outros elementos. Antes do surgimento destas disciplinas na Índia pouco antes de 1000 a.C., várias práticas já existiam nos Templos Egípcios em paredes e papiros desde 10.000 a.C a 300 a.C. e antes. Exemplos: O Templo de Hetheru, 800-300 a.C que mencionei em uma das minha lives, No Antigo Egito, essa disciplinas se chamavam Tjef Sema Paut Netjeru, que significa “Movimentos que promovem a união com deuses e deusas”. Em Sânscrito, Yoga vem da raiz yuj e quer dizer “unir”. Em egípcio existia uma palavra semelhante, Sma, ou Sema Heru-Set, que representa a união das duas terras do Egito e também da dualidade, onde Hórus e Set são unidos através de dois pulmões e uma traqueia, simbolizado a dualidade sendo levada para uma única consciência singular.
Então no sentido literal Yoga é a consciência individual voltando a fonte original, a essência original, que transcende todas as tentativas intelectuais e mentais de compreensão, mas que é a natureza essencial de tudo na Criação. Apesar que no Budismo e no Ocidente, Yoga é vista como separada de religião, as duas são ligadas em muitos pontos originalmente.
Tantra é um termo em sânscrito que significa “estender” ou qualquer aproximação sistemática a um tema, como texto, teoria, sistema, método, instrumento, técnica ou prática, que procura estender o entendimento limitado do ego para a criação inteira e surgiu como tradição no Hinduísmo e passou para Budismo pelo meio do primeiro milênio. Vajrayana ou Budismo Tântrico são práticas que surgiram na Índia Medieval mas já existiam na Índia em períodos pré-védicos, antes de 1.500 a.C, dentro do Hinduísmo.
Tantra Yoga é um sistema de Yoga que busca promover a re-união entre o indivíduo e a Realidade Absoluta, e, finalmente, o Cosmos como expressão do Absoluto. Desde que a natureza é uma expressão de DEUS, isso dá pistas sobre a realidade subjacente que a sustenta e a maneira de alcançar a sabedoria, ou seja, a transcendência dela. O ensino mais óbvio e importante é que a natureza, a criação é composta por pares de opostos: alto-abaixo, aqui e ali, quente e frio, homem-mulher, Ying-Yang, etc. A interação desses dois complementares opostos por meio de termos chamamos vida e movimento. Isso é explorado de maneira muito complexa dentro da dialética platônica, principalmente em Plotino e Proclus.
A percepção (sabedoria) na verdadeira natureza da realidade nos dá uma pista sobre o modo de perceber a unidade da criação dentro de nós mesmos. Tantra é um reconhecimento da natureza masculina e feminina da Criação como reflexo da natureza masculina e feminina das duas primeiras emanações do Divino que foram reunidos
para criar o universo através do Demiurgo (o meio-termo entre eles, o Criador). Ao re-unir os princípios masculinos e femininos em nossos próprios corpos e mentes, podemos alcançar a unidade que está subjacente à nossa aparente manifestação como homem ou mulher. Portanto, o termo Tantra significa criar uma ponte entre os opostos e, ao fazê-lo, os opostos se dissolvem, deixando a consciência unitária e transcendental. A união do homem e da mulher podem ser efetuados por dois indivíduos que adoram a Deus através da percepção da manifestação de DEUS um no outro ou por um indivíduo que procura união com DEUS através da união com o seu princípios espirituais femininos ou masculinos, respectivamente, dentro de si mesmo. Todos os homens e mulheres têm princípios femininos e masculinos dentro de si mesmos e no curso Tantra de Isis é justamente isso que estamos trabalhando ali nos dois dias.
No sistema filosófico egípcio, todos os princípios de Neteru ou de Deus emanam daquele UM Absoluto. Quando esses princípios são criados, eles são representados como tendo um princípio masculino e feminino.
Todos os objetos e formas de vida aparecem na criação como masculino ou feminino, mas subjacente a essa dualidade aparente, há uma unidade que está enraizada na consciência pura da unicidade, a Consciência do Divino Transcendental, que subjazia e apoia todas as coisas. Realizar essa união conscientemente profunda é o objetivo supremo.
No tantrismo, o simbolismo sexual é usado frequentemente porque estas são as imagens mais poderosas denotando os opostos da Criação e o desejo de unificar e tornar-se inteiro, pois a sexualidade é o desejo de unidade e auto-descoberta, embora limitado a relações físicas pela maioria das pessoas. Se esta força é entendida, aproveitada e sublimada, levará à unidade da mais alta ordem que é unidade com o Eu Divino.
Yoga Tântrico não é “Yoga do Sexo”. Essa é a forma que ele mais aparece após o século 17 em termos como ‘Tantra da mão esquerda” por pessoas que simplesmente usaram a ignorância das outras pessoas em benefício sexual próprio. Os três caminhos do Tantrismo, o Dakshina-marga (caminho da mão direita) o Vama-marga (caminho da mão esquerda) e o Kula-marga (caminho da Kundalini). O primeiro é o mais conservador e original, inclui meditações e adoração do Divino sob suas manifestações femininas. O segundo inclui intercurso sexual com desapego, mas esse desapego foi distorcido posteriormente, principalmente no Ocidente. É dificílimo achar uma imagem de Kali que não tenha sido ocidentalizada no conceito de “Yugas” como entendido por Evolianos e outros “perenialistas”! A imagem original, que coloquei aqui, na qual Kali está sentada no falo de Shiva, é dificílima de encontrar; no Ocidente costumam retratá-la PISANDO sobre Shiva. O terceiro é praticado pela seita Kula é equivalente ao Poder Serpentino do Egito. Mantras, Mudras, Mandalas, e Yantras, que são comuns no Hinduismo, Yoga, e Budismo Vajrayana todos se iniciaram em disciplinas Tântricas e já existiam no Egito.
Características fundamentais do hinduísmo ocidentalizado em termos hindus: o hinduísmo moderno e ocidentalizado é essencialmente uma forma modificada de Advaita Vedanta, embora ISKON, os famosos “Hare Krishna” (uma seita dualista), o Brahmo Samaj, Arya Samaj, o Hinduísmo Gandhi e, na verdade, quase todos os principais movimentos religiosos hindus desde 1800 pode ser caracterizados como hinduísmo ocidentalizado, hinduísmo anglicizado ou neo-hinduísmo. Normalmente enfatiza Bhakti e/ou Karma Yoga. O Tantra, especialmente o caminho esquerdo Tantra, está visivelmente distorcido com enfoque em controle sexual sobre outros, desapego e ejaculação seca. A maioria dos neo-hindus vê o hinduísmo tanto como uma religião específica como também como um quadro meta-religioso, que engloba todas as religiões. O texto mais popular neste ramo do hinduísmo é o Bhagavad Gita. Isso abrange a linhagem hindu, mas há, claro, uma linhagem ocidental também. É também o produto de uma mudança violenta e rápida na ordem social indiana – o advento do colonialismo britânico e, eventualmente, o capitalismo moderno. O Raj britânico concedeu um papel privilegiado aos valores cristãos e aos conceitos ocidentais. A partir de cerca de 1858, quando a British East India Company foi forçada a transferir o poder para a monarquia britânica, os britânicos começaram a injetar mais ativamente seu modelo de civilização no subcontinente. A imposição de instituições e leis políticas britânicas sobre a sociedade indiana, o estado de apoio dos missionários britânicos, o incentivo estadual à educação do convento e outras formas de educação britânica e a seleção de Brahmins conservadores e ortodoxos para uso na escrita e interpretação do que se tornou ” Lei anglo-hindu “, e a aplicação uniforme dessa lei a toda a sociedade hindu, são exemplos dessa mudança súbita na sociedade tradicional hindu.
Pode-se perguntar: o que exatamente faz o hinduísmo tradicional tão substancialmente diferente do hinduísmo ocidentalizado? Qual é o substrato do hinduísmo tradicional?
Eu suspeito que a maioria da tensão observada, a contradição, a disputa interna e as distinções internas dentro da tradição hindu decorrem da rivalidade às vezes amigavelmente, às vezes hostil, entre o que chamamos Tantra e Vedanta. No hinduísmo tradicional, ambos desempenham papéis significativos, talvez iguais. No neo-hinduísmo, o Tantra foi mais ou menos extirpado ou distorcido pelos complexos e parafilias sexuais ocidentais. Paradoxalmente, acaba acontecendo que para conhecer melhor o Hinduismo, é melhor estudar OUTRAS religiões antigas que possuem conceitos semelhantes do que o próprio Hinduismo ou como ele se apresenta hoje em várias faces através de várias escolas e interesses. O primeiro e mais poderoso inimigo que o entendimento original do Tantra encontrou foi a Religião Védica Brahminica. Agora é um bom ponto notar que a sexualidade do Tantra não implicam o hedonismo, consumo diário de drogas poderosas, nem o “amor livre” ou movimento às vezes associado ao Neo-Tantra Ocidental. As práticas tântricas sexuais e extáticas foram feitas em contextos rituais específicos destinados a maximizar o potencial espiritual desses atos. Embora o Tantra tenha influenciado as sociedades que parecem exibir mais tolerância em relação à sexualidade e ao hedonismo, a abordagem “não segura” é limitada a contextos rituais, e não deve ser realizada por todos os praticantes. No entanto, essa distinção não era, e ainda não é particularmente importante para os observadores britânicos iniciais de práticas tântricas, ou para Evolianos. Sua resposta negativa ou eufórica era previsível e, sem dúvida, ampliada pelo fato de seus principais contatos hindus locais serem ortodoxos brâmanes védicos.
Na mitologia egípcia antiga, Deus na forma primordial antes da criação, é apresentado como uma Fonte andrógina (composto de metades masculinas e femininas). Depois da criação, Divindade foiapresentada como uma separação dessa essência original no princípio masculino e feminino e em todas as outras qualidades da natureza. No entanto, o entendimento está sempre presente, mesmo que o mundo pareça estar cheio de opostos (de cima para baixo, bem-ruim, aqui-lá, homem-mulher, etc.), na realidade, todos os objetos dentro da criação são compostos da mesma essência subjacente. Portanto, essa aparente multiplicidade é uma espécie de ilusão e o oceano primitivo que existia antes da multiplicidade, ANU, na realidade, nunca deixou de existir. Este mundo de dualidades aparentes é, na realidade, a expressão do único Ser Supremo singular. Esta é a declaração profunda apresentada pelo
Yoga Tântrico.
Daniel no curso então não tem massagem?
Claro que tem, através das praticas de massagem é que vamos conseguir ir para dentro de si, vamos “amolecer” nossas couraças e deixar nosso corpo falar e assim nossa “kundalini” acordar e se movimentar entre nossos Chakras.
Tambem preparado por mim temos um ritual de entendimento da morte para Osiris e Isis onde todos os participantes podem entrar em comunhão com um ente querido e ter a oportunidade de conversar com essa pessoa, deixar ela ir , se despedir, ou ate mesmo trazer uma boa lembrança dessa pessoa com amor e consciência.
Tantra de Isis é a oportunidade de você se tornar um curador e não um cuidador.
Não é somente sobre técnicas de massagem, é sobre reaprender o poder do toque, sem interesses, sem pressa, com amor e consciência acima de tudo.
A “posição Kali” apresenta Shiva e Shakti (Kundalini-Prakriti) em união divina. Tal como acontece com Isis e Osiris do Egito,Shiva é o aspecto passivo e masculino que “dá” a vida essência (espírito) e ímpeto criativo e Shakti é energia, criação, o aspecto ativo do Divino. Assim, a Criação é semelhante à idéia de o Divino fazer o amor com ele próprio. Isso é um pouco diferente do que vemos na tradição Grega; onde o masculino – a monada – é ativa, e o feminino – a díade – é passiva. Mas é pq entre os Gregos, eles estão falando do processo Hipercósmico, na primeira divisão entre a Monada e Díade do Um; a Díade nesse caso é como o Mar do Caos dos Egípcios, por sobre quem soprou-se o Espírito da Monada. Já na tradição Indiana, eles estão falando do processo a nível CÓSMICO-ENCÓSMICO, ou seja, já definidas as dualidades, e aí é como com Isis e Osíris. Shiva e Shakti são a verdadeira essência do ser humano, composto de espírito e matéria (corpo), e a união representa o mesmo meio-termo que a Alma. No aspecto encósmico, ou seja, já dentro da criação, a fêmea está na posição “ativa” enquanto o macho está na posição “passiva”. É por isso que no Egito GEB é a Terra e Nut o Céu.
Assim como a terra é sedentária e o céu é dinâmico, também são as divindades representadas dessa maneira na iconografia do Oeste (Africa) e do Leste (Índia). Observe que as divindades femininas são sempre na posição superior nessas culturas. Isso é clássico no misticismo oriental e Egípcio. É um reconhecimento que o espírito (aspecto masculino) é sedentário e eterno, enquanto a matéria, o aspecto feminino, está em movimento perpétuo, constante fluxo, e os dois se complementam e se completam.
No caso dos Pilares Asiáticos Ashokan, o pilar com o triplo Leão, existe também sua pouco conhecida contraparte Egípcia e Sudanesa. A deidade Egípcia-Etiópia Apedemak, também é um conceito leonino triplo presente no Egito.
Essa trindade leonina simboliza a natureza do Divino, que é a fonte e sustentação – o pilar – dos três mundos, o Físico, o Astral, e o Causal, ou seja, Sublunar, Celestial, e Empíreo e os três estágios da Iniciação, a Ignorancia, Aspiração, e Iluminação.
A versão Indiana destes conceitos é mais conhecida simplesmente porque ainda é praticada, o que não significa que não tenham sofrido distorções através do Orientalismo e por serem o meio pelo qual o Ocidente tomou conhecimento destas práticas. Ainda existe um vasto mundo a ser explorado nesse sentido no Antigo Egito.
 
Referencias para esse texto. Site Rede Metamorfose, O manuscrito de Madalena e o filme de olhos bem fechados.